Período Clássico 1750-1830
Classicismo
Palavra “clássico” deriva do latim classicus: cidadão (ou escritor) da mais alta classe. Está associada a algo de alta classe, de primeira ordem, de extremo valor.Significa um estilo que atribui suma importância à graça e à simplicidade, à beleza de linhas e formas, ao equilíbrio e à proporção, à ordem e ao controle.
- Termo usado para designar a música composta entre 1750 e 1830.
- Período dominado pela música feita na Áustria e na Alemanha (Manheim, berlim, Salzburgo, Viena).
Datas importantes
- 1742 – C. P. E Bach: Sonatas Prussianas
- 1753-1762 – C. P. E. Bach: A verdadeira arte de tocar instrumentos de teclado
- 1770 – 1º Quarteto de cordas de Mozart
- 1770 – J. C. Bach: Concertos para piano
- 1775-1783 – Revolução Norte-Americana (1776 – Declaração da independência)
- 1776 – 1ª História Geral da Música – Charles Burney
- 1786 – Mozart: Figaro
- 1787 – Don Giovanni
- 1789-1794 – Revolução Francesa (1791 – Declaração dos direitos do homem)
- 1791 – Morte de Mozart
- 1796 – Beethoven: 1ª Sonata para piano
- 1798 – Haydn: A Criação
- 1804 – Napoleão é coroado imperador da França
- 1809 – Morte de Haydn
- 1827 – Morte de Beethoven
- Formação de um novo público
- Isto exigiu uma adaptação por parte dos músicos, que não mais recebiam ordens dos príncipes, mas tinham que “adivinhar” os desejos deste novo público.
Classicismo – caracterizado por regras, normas
Se chama assim porque é clássico, é o modelo em cima do qual se constrói coisas, é o DNA, é o ponto de perfeição ao qual se chega e se sai. O grande exemplo disso é o fato de usarmos esse grupo instrumental da razão ao nome, esse é um grupo clássico.
Assim como existe um modelo de orquestração, encontraremos um modelo de estruturação de obras musicais também. Ex: Sinfonia 41 Mozart
Compositor nos fornece um mapa, a todo momento ele esta dizendo o que correnponde na estrutura da música. Ai chegamos a cristalização da forma “sonata”.
FORMA SONATA
EXPOSIÇÃO: apresentação das (RT) regiões temáticas (Primeira RT começa militarismo ritmicamente ) em uma tonalidade e (Segunda RT contrasta com cromatismo e maneirismo ) outra tonalidade da mesma família (tons vizinhos).
Aqui o compositor expõe ou anuncia a matéria musical, as principais ideias por isso chamamos de região temática. As regiões temáticas são contrastantes: A Primeira RT aparece na Tônica e é bem ritmada e vigorosa, em contrapartida a Segunda RT costuma ser mais melodiosa e menos incisiva do que o primeira em tonalidades novas mais correlatas ou seja da mesma família.
DIGRESSÃO/ DESENVOLVIMENTO: o compositor submeti materiais a todo tipo de metamorfose, pode ser rítmica melódica, harmônicas, de orquestração mostrando que ele sabe se afastar do centro tonal. Fragmentos de diferentes ideias musicais podem ser combinados ou apresentados em oposição com forte sentimento de tensão, conflito dramático.
REEXPOSIÇÃO: apresenta uma pequena diferença em ralação a exposição, consiste em uma transformação harmônica pequena para que a peça possa terminar. O compositor agora recapitula ou repete de forma ligeiramente modificada a exposição. A ponte é modificada para que possa terminar na Tônica.
DESTRUIÇÃO DO BARROCO na base
A textura do baixo continuo = cantar, sustentar preencher apenas indicada é a textura do período barroco e a textura contrapontista é remanescente da renascença.
Nesse período os compositores começam a compor o preenchimento e sustentação.Desse modo ele passa a escrever todas as funções e essas texturas desaparecem.
Essa será a época que o compositor terá o controle total sobre sua obra em termos de criação, não deixando nada para que o interprete deduza ou improvise. Em consequência o compositor estará cada vez mais afastado geograficamente dos músicos e terá que escrever o que os músicos devem fazer exatamente.
Muitos autores citam que o baixo continuo passou por uma metamorfose dando passagem parra outra técnica o “Baixo de Albert” (1,5,3,5) uma textura quase que de melodia acompanhada, pois o Baixo de Albert é uma técnica de acompanhamento literalmente feita pelo compositor por meio de intervalos padronizados.
A Orquestra surge nesse período e se torna fundamental, pois havia a necessidade de um grupo fixo de instrumentos e agora as cortes iriam querer ter suas orquestras como demonstração de poder político.
Cortes possuem grupos semelhantes, isso faz com que Mozart seja universalmente aceito, pois as partituras começam as ser usadas em varias cortes.
A maioria das peças estão escrita na forma sonata, porém existe uma forma que não esta citada ainda, a opera. A única que se iguala em importância é a opera pois o compositor quer mostrar que sabe sonata e que sabe escrever operas.
A Orquestra
- Começou a ganhar forma no Barroco, agora está em pleno desenvolvimento.
- No início ainda conservava um cravo contínuo para amarrar a tessitura.
- Contínuo caiu em desuso e passam a ser usados instrumentos de sopro (trompas) para dar unidade à tessitura.
- Primeira parte do período àorquestras pequenas e variáveis: uma base de cordas + duas trompas + uma ou duas flautas ou dois oboés.
- Evolução: passam a usar conjuntamente flautas e oboés, além de incluírem um ou dois fagotes e, às vezes, dois trompetes e um par de tímpanos. No final do séc. XVIII as clarinetas têm seu lugar certo , quando as madeiras se tornam uma seção independente dentro da orquestra. Além do núcleo das cordas, é claro.
- Música para piano
- Pela primeira vez na história da música, as obras para instrumentos passam a ter mais importância que as composições para canto.
- Cravo: cordas tangidas
- Pianoforte: cordas percutidas por martelos (suave ou fortemente, dependendo da pressão exercida pelo executante sobre as teclas)
- Grande poder de expressão; novas possibilidades:
- O pianista pode dosar os contrastes entre forte e suave e também tem o controle do volume sonoro e das múltiplas nuanças que permeiam os sons.
- Os sons podem tornar-se gradualmente mais fortes ou mais suaves.
- Outras possibilidades de contrastes: legato (melódico e sustentado) e staccato (curto e destacado).
- O pianista pode desenvolver uma melodia expressiva em estilo cantabile com a mão direita, enquanto a esquerda desenvolve um acompanhamento suave.
- Final do séc. XVIII – cravo em desuso, substituído pelo piano.
- Baixo de Alberti: acordes quebrados