Hoje estava refletindo sobre o que as emissoras de TV, rádios têm transmitido durante a pandemia. Todas as grandes corporações como rede Globo, Bands e Record têm como suas principais matérias COVID-19, com seus índices, o isolamento e o quadro político brasileiro.

Na rede Globo por exemplo, reprises como ” Fina Estampa” nos remete a alguns hits internacionais lançados em 2011 como Price Tag (Jessie J) e Someone Like You ( Adele). No contexto nacional, duplas e artistas sertanejos perdem espaço para músicos da MPB como Seu Jorge, Zeca Pagodinho e Ivete Sangalo, e Jorge e Matheus seguindo isolados com o estilo que tomou conta nos anos seguintes. Um resgate de trilhas sonoras como My Love de Julio Iglesias e Ecstasy de Mario Biondi sefaz presente diariamente, mudando um pouco a paisagem sonora monopolizada por sertanejo e funk.

Em pesquisa sobre onde os caminhos dessa nova música midiática que se de certa foram encontrou o gosto de diferentes classes, encontrei na coluna de Leo Dias justamente esse tipo de informação que depois de muito tempo o sertanejo não figurava entre os hits mais escutados no Spotify. Segundo o trecho citado essa música migrou para o Youtube, e criticando o Pop e o funk, segundo ele por péssima qualidade, garante que o investimento das duplas faz o que isso possa ser momentâneo. Será?

Não, o sertanejo não está em queda. A força do ritmo e deste mercado está muito evidente com as lives no YouTube. É precoce demais dizer que essa liderança do pop e funk será algo duradouro e contínuo, principalmente diante do amadorismo e da falta de investimento no mercado funk e pop no país. As duplas e os cantores sertanejos investem pesado no lançamento de seus trabalhos e, no momento, nenhum sertanejo de expressão lançou nada novo. (Léo Dias Coluna)

Certamente um êxodo de artistas midiáticos aconteceu das grandes emissoras. Uns por conta própria acreditando nas ferramentas contemporâneas, outros por pura descontrato com as gigantes do entretenimentos que também precisam enxugar seus gastos. Quem ganha com isso? O consumidor! Uma vez que agora os meios simbólicos de poder enfraquecidos dão abertura para novos meios democráticos ou mesmo novos dominates participarem na construção do gosto.

A afirmação é tão precoce quanto a própria análise do entrevistado em sua coluna, uma vez que um estilo que cresceu e se desenvolveu com um forte apelo midiático será que sobrevive a decadência da própria mídia tradicional? Agora existe uma concorrência mais próxima entre os estilos, restando apenas uma base de milhões de fans da antiga TV e rádio que aos poucos se misturam aos não espectadores, mas sim usuários. Possa então ser a vez do retorno da música popular instrumental brasileira.

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Jean Doe

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